O filme inicia-se com
Erin Gruwell, uma jovem professora entusiasmada que mal sabia que estaria
prestes a lidar com um dos grandes desafios de sua profissão: educar.
De princípio, ela
conversava com a diretora da escola Woodrow Wilson (em Long Beach, California),
que a alertou diversas vezes que a sala 203, a qual ela iria lecionar, era
conhecida por ser uma sala com adolescentes em risco, visto que esses faziam
parte da “integração social”, uma lei que incluía jovens “problemáticos” de
diferentes etnias, na escola.
Durante as primeiras
semanas como professora, Erin pôde perceber que realmente, aquela classe não
seria fácil... Então, a cada dia que passava, ela se esforçava e procurava um
jeito de prender a atenção desses jovens, que mostravam insatisfação com a aula.
A procura de recursos, ao
conversar com seus colegas de trabalho, a educadora sempre ouvia comentários que
reforçavam o conceito de que os alunos não eram capazes, não eram interessados
e muito menos respeitosos, coisa que ao invés de desanimá-la, fazia com que ela
se sentisse motivada para lutar e reverter essa ideia.
Mais um dia, mais um
desafio. A professora Gruwell, ao perceber que estava diante de jovens
revoltados com a atual situação em que o mundo se encontrava, passou procurar a
entender o lado de seus alunos. Através de perguntas que colocavam o “dedo na
ferida”, ela fez com que estes percebessem que não estavam sozinhos, e que
assim como eles, todos tinham ou passavam por algum problema, como inclusive, a
dor pela perda de uma pessoa próxima pela maldade humana.
Maldade essa que estava
por todo o lado, os alunos que tinham entre 14-15 anos, se viam diante do
preconceito e da desigualdade social, o que faziam com que eles se sentissem
desanimados e excluídos.
A professora foi como uma
luz na vida desses jovens, pois com aulas dinâmicas que inclua ler e escrever
sobre assuntos pelos quais eles se identificavam, ela conseguiu resgatar a
chama que ardia dentro de cada um, pela vida.
Conclusão
Esse filme é uma história
real que retrata a realidade de muitos jovens e consequentemente, de muitas
escolas.
Assim como a professora
Erin Gruwell, muitos professores não tem o total apoio de suas escolas, mas
aqui no Brasil, principalmente a falta de apoio do Estado é o que mais atrasa a
vida de professores e alunos.
Erin descobriu o que
afetava o desempenho escolar de seus alunos, eles se encontravam machucados
diante de tantas experiências ruins que já haviam passado, como por exemplo o
fato de viverem em lugares perigosos e consequentemente sentir de perto o ódio que
preenchia o mundo por conta das diferenças raciais.
Diante disso, ela passou
a conhecer seus alunos e fazer com que eles também se conhecessem e se
reconhecessem entre si.
Esses jovens, embora
aparentavam ser diferentes, eram muito iguais. Carregavam consigo a vontade de
serem vistos e ouvidos, e foi exatamente o que a senhora Gruwell conseguiu
despertar neles, a ideia de que eles valiam a pena e de que cada um fazia a
diferença como pessoa.
Existem muitos educadores
como Erin que tem sede de mudança, porém, eles acabam passando batido diante de
tanta falta de interesse dos alunos. Mas tudo isso é um ciclo vicioso. Os
alunos são desinteressados por estarem acostumados e acomodados em terem um ensino
de má qualidade.
O desafio do professor no
Brasil é cada vez maior, mas tenho certeza que assim como é mostrado no filme,
é muito gratificante ao educador perceber que todo seu esforço está sendo
reconhecido, nem que seja por um aluno.
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