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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Os escritores da liberdade


O filme inicia-se com Erin Gruwell, uma jovem professora entusiasmada que mal sabia que estaria prestes a lidar com um dos grandes desafios de sua profissão: educar.
De princípio, ela conversava com a diretora da escola Woodrow Wilson (em Long Beach, California), que a alertou diversas vezes que a sala 203, a qual ela iria lecionar, era conhecida por ser uma sala com adolescentes em risco, visto que esses faziam parte da “integração social”, uma lei que incluía jovens “problemáticos” de diferentes etnias, na escola.
Durante as primeiras semanas como professora, Erin pôde perceber que realmente, aquela classe não seria fácil... Então, a cada dia que passava, ela se esforçava e procurava um jeito de prender a atenção desses jovens, que mostravam insatisfação com a aula.
A procura de recursos, ao conversar com seus colegas de trabalho, a educadora sempre ouvia comentários que reforçavam o conceito de que os alunos não eram capazes, não eram interessados e muito menos respeitosos, coisa que ao invés de desanimá-la, fazia com que ela se sentisse motivada para lutar e reverter essa ideia.
Mais um dia, mais um desafio. A professora Gruwell, ao perceber que estava diante de jovens revoltados com a atual situação em que o mundo se encontrava, passou procurar a entender o lado de seus alunos. Através de perguntas que colocavam o “dedo na ferida”, ela fez com que estes percebessem que não estavam sozinhos, e que assim como eles, todos tinham ou passavam por algum problema, como inclusive, a dor pela perda de uma pessoa próxima pela maldade humana.
Maldade essa que estava por todo o lado, os alunos que tinham entre 14-15 anos, se viam diante do preconceito e da desigualdade social, o que faziam com que eles se sentissem desanimados e excluídos.
A professora foi como uma luz na vida desses jovens, pois com aulas dinâmicas que inclua ler e escrever sobre assuntos pelos quais eles se identificavam, ela conseguiu resgatar a chama que ardia dentro de cada um, pela vida.


Conclusão
Esse filme é uma história real que retrata a realidade de muitos jovens e consequentemente, de muitas escolas.
Assim como a professora Erin Gruwell, muitos professores não tem o total apoio de suas escolas, mas aqui no Brasil, principalmente a falta de apoio do Estado é o que mais atrasa a vida de professores e alunos.
Erin descobriu o que afetava o desempenho escolar de seus alunos, eles se encontravam machucados diante de tantas experiências ruins que já haviam passado, como por exemplo o fato de viverem em lugares perigosos e consequentemente sentir de perto o ódio que preenchia o mundo por conta das diferenças raciais.
Diante disso, ela passou a conhecer seus alunos e fazer com que eles também se conhecessem e se reconhecessem entre si.
Esses jovens, embora aparentavam ser diferentes, eram muito iguais. Carregavam consigo a vontade de serem vistos e ouvidos, e foi exatamente o que a senhora Gruwell conseguiu despertar neles, a ideia de que eles valiam a pena e de que cada um fazia a diferença como pessoa.
Existem muitos educadores como Erin que tem sede de mudança, porém, eles acabam passando batido diante de tanta falta de interesse dos alunos. Mas tudo isso é um ciclo vicioso. Os alunos são desinteressados por estarem acostumados e acomodados em terem um ensino de má qualidade.
O desafio do professor no Brasil é cada vez maior, mas tenho certeza que assim como é mostrado no filme, é muito gratificante ao educador perceber que todo seu esforço está sendo reconhecido, nem que seja por um aluno.


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